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Como nutrir relações amorosas, 6 dicas

(podes ouvir em Spotify, Soundcloud, Apple Podcast)

Bom dia alegria,

Hoje decidi falar de boas relações amorosas, o que pode fazer com que uma relação tenha sucesso ou não. Alguns dos pontos que vou falar pode ser aplicado a relações amorosas, amizade, trabalho, etc.

Obviamente não tenho o Holy Grail para as relações amorosas mas fui pesquisar algumas das técnicas famosas usadas e falar do que considero que teve, e continua a ter o maior impacto positivo na minha relação.

Antes de falar sobre o que poderá estar a ajudar ou não a preservar uma relação com os outros, devemos nutrir uma boa relação connosco mesmos, podes ler uma publicação que fiz sobre o tema amor-próprio

A razão pela qual devemos manter boas relações amorosas vai muito para além de prazeres momentâneos de nos rirmos quando estamos com amigos ou fazermos sexo com o nosso parceiro(a). Neste post, na secção “Porque devíamos nutrir as nossas relações pessoais” falo sobre o tema.

Mas o que é uma relação de qualidade? Quais os fatores que podem caracterizar uma relação saudável?

O que não significa uma relação amorosa de qualidade:
  • Não discutirem → têm que aprender a discutir, discutir não significa que têm que berrar um com o outro e ver com consegue atingir os decibéis mais altos. Discutir por coisas que acontecem no momento, não discutir por coisas que se passaram o ano passado
  • Que têm que adivinhar exatamente o que o outro pensa
  • Têm de concordar em tudo → podem respeitadamente discordar.
  • Tudo deva girar à volta da outra pessoa → podes e deves manter relações de amizades e família. Uma pessoa não vai conseguir dar-te tudo o que precisas (obviamente aqui falo de amizades e relação amorosa e não 2 relações amorosas).
  • O teu parceiro é um saco de boxe → desabafar e descarregar no teu parceiro são conceitos completamente diferentes
  • Ou está ótimo, ou péssimo → os dias não vão ser todos iguais e não existem apenas dois estados
  • o vosso parceiro(a) não tem de ser perfeito → porque ninguém o é, aqui o caminho é aprenderem a crescerem juntos. Saber perdoar, e quando perdoam não falam novamente do tema na próxima discussão.

As relações, sejam amorosas ou não, com as pessoas que nos rodeiam têm um imenso impacto nas nossas vidas, desde os nossos hábitos alimentares até ao nosso bem estar mental.

Vou-vos falar daquilo que acredito que têm mantido a minha ralação estável. Isto são coisas que considero importantes para mim, não significa que vão funcionar para ti ou para todas as relações amorosas, mas são pontos que podem ser úteis e que podes tentar experimentar.

1. "Fomos feitos um para o outro, até consigo ler os teus pensamentos" não existe

Eu comecei a namorar relativamente nova, tinha 17 anos o que faz com que as inseguranças da adolescência ainda estivessem presentes. Eu sei que imensas vezes perdia oportunidades de fazer algo que queria porque não expressava isso mesmo. Ao não dizermos que gostamos ou não de algo perdemos oportunidade de melhorarmos da próxima vez.

2. "Ele(a) tem que gostar de ti de qualquer maneira" não significa desleixo na relação

Se quando estás no início do namoro, ou mesmo antes de começarem a namorar preparam surpresas um para o outro, ou têm jantares só os dois, ou vestes uma roupa diferente por que razão não o deverias fazer depois?

Não desleixar não significa que se tenham que preparar como se fossem para um casamento, mas sim marcarem um dia para terem um jantar os dois ou preparar um jantar com a comida preferida dele(a), vestires uma roupa diferente do normal, organizares um passeio na natureza, etc. Preparar algo sem ser apenas no Dia dos Namorados, algo que diga que te lembraste da outra pessoa.

Passando à prática …

Na quarentena eu e o meu namorado começamos a estar mais tempo juntos, e a minha rotina era acordar vestir um fato de treino e ir para o computador trabalhar. Estávamos mais tempo juntos mas o tempo que falávamos não aumentou. Decidimos ser necessário mudar algo para começar a dedicar efetivamente tempo para nós. A forma como arranjamos maneira de corrigir isto foi todas as sextas-feiras à tarde/ noite tínhamos um encontro, íamos que jantar fora (quando os restaurantes abriram) ou preparar o jantar, ou dar um passeio. Uma semana eu escolhia o que fazíamos e na semana seguinte o meu namorado escolhia. A única regra para estes encontros era não se poder mexer no telemóvel durante o tempo todo.

3: "Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti"

Penso que este é um dos meus principais lemas de vida, parece simples não?

A abordagem Gottman desenvolvida pelo Dr. John Gottman e pela Dra. Julie Schwartz foi realizada a observar milhares de casais.

Esta concluiu que as relações amorosas saudáveis têm em média 5 vezes mais momentos bons do que maus (sendo que as relações amorosas instáveis têm em média o mesmo número de momentos bons e maus).

Com estes estudos, Dr. Gottman teoriza que existe 4 fatores que podem levar à rutura de relações amorosas:

  • Criticismo (críticas destrutivas)
  • Desprezo
  • Defensividade (para no defendemos culpamos o outro ou fazer-mo-nos de vítima)
  • Falar com uma parede de pedra (stonewalling)

Neste vídeo é feito um pequeno resumo dos 4 pontos e qual poderá ser o antídoto para cada um.

Se não gostaríamos que nos desprezassem ou que não nos apoiassem quando precisamos mais porque haveríamos de o fazer à pessoa que supostamente gostamos?

Passando à prática …

Os pontos onde sei que preciso mais melhorar é defensividade e stonewalling, penso que o meu maior problema é como tenho medo de falhar sinto que por um lado tenho que me defender e por outro não posso “voltar atrás numa decisão” mesmo que julgue que não tenha razão pois assumo isto como falhas.

A forma como tenho trabalhado neste ponto é a melhorar o meu amor-próprio para que possa dizer “Tens razão” e “Desculpa” quando assim o acho.

4: Usa de forma inteligente "Faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti"

Em teoria fazer aos outros o que gostassem que te fizessem a ti, parece uma coisa positiva, mas isto pressupõe que todos somos iguais e que todos queremos o mesmo, o que não acontece. Portanto devemos adaptar esta frase a “Faz aos outros aquilo que eles gostavam que tu lhe fizesses”. Com o passar do tempo numa relação apercebes-te daquilo que o teu parceiro(a) gosta e não gosta que lhe faças (por isso é tão importante a dica n.º 1 para que não precises de chegar ao gosto da outra pessoa por tentativa erro).

O livro “As 5 linguagens do amor” por Dr. Gary Chapman (pastor e conselheiro matrimonial) está relacionado em parte com este ponto. Este indica que todos expressamos e recebemos amor de maneiras diferentes e que, o sucesso de uma relação pode ser melhorado com o perceber de como o nosso parceiro(a) se enquadra nestas 5 linguagens.

 As 5 linguagens são:

  • Palavras de afirmação (palavras encorajadoras e carinhosas)
  • Ações de serviço (tarefas que não são feitas por obrigação)
  • Prendas
  • Tempo de qualidade (quantidade de tempo difere de qualidade)
  • Toque físico

A intenção do livro é ajudar as pessoas a descobrir qual é a linguagem de nós mesmos e do nosso parceiro(a) e investirem nelas quando queremos mostrar o nosso amor.

Passando à prática ….

Com o passar dos anos de namoro apercebi-me que o meu parceiro desvaloriza prendas e ações de serviço (como eu cozinhar-lhe por exemplo) porque são coisas que ele facilmente consegue que outro alguém o faça. Contrariamente, tempo de qualidade e toque físico já é algo que preza muito mais. Apercebi-me disto, ou pelas reações dele quando cada coisa acontecia ou simplesmente quando ele me diz “Prefiro X a Y”, o que faz com que o processo seja muito mais rápido.

Como falei anteriormente quando se iniciou a quarentena, eu e o meu namorado decidimos ter uma espécie de encontro às sextas. Na semana em que era eu a escolher, sabendo aquilo que ele mais gostava, optava por ir buscar comida e escolher um filme para vermos porque era o tipo e coisas que ele gostava. Contrariamente, uma das vezes que ele escolheu mandamos vir o almoço e fomos comer a um parque ao sol (algo que eu gosto mais).

5: Não mudes por amor, muda por ti

Mudar por amor vai, mais cedo ou mais tarde, criar ressentimentos se não concordares com essa mudança.

Passando à prática …

O que faço em situações de discordância com o meu namorado é avaliar se aquilo que teria que fazer para mudar ir-me-ia custar ou não, isto é se o ganho que trazia para o meu parceiro seria melhor que a perda que seria para mim. Sendo uma coisa que mesmo que eu não concordasse, se me fosse indiferente ao nível de gosto e de trabalho, valeria a pena mudar. Um exemplo muito simples, eu dizia ao meu namorado “Não me queres tirar um café?”, para mim isto era igual a dizer “Podes-me tirar um café” mas, para ele não. Ele dizia que não fazia sentido porque pressupunha que ele me queria tirar um café, não lhe custava tirar mas, não é como se ele estivesse ansioso à espera que eu fizesse o pedido. Para mim, o esforço de fazer a pergunta de uma forma ou outra era idêntico e, apesar de não  concordar totalmente comecei por optar fazer a pergunta “Podes-me …”.

6: Não digas "Eu bem te disse"

Penso que muito de nós sofrermos deste mal. Eu, apesar de julgar que já melhorei muito neste ponto, ainda digo mais vezes do que gostaria. Vamos ser práticos, quando dizemos algo é com algum intuito, pensando nos possíveis nesta situação:

Cenário 1: o teu parceiro(a) já se sente mal por algo não ter corrido como queria e passa a sentir-se pior ao ouvir esta frase porque sentiu que nem sequer deveria ter tentado → o teu parceiro(a) vai deixar de dizer ou fazer certas coisas com receio de ser julgado. O teu parceiro(a) -1 e tu 0.

Cenário 2: o teu parceiro(a) já se sente mal por algo não ter corrido como queria e sem paciência para ouvir o “Bem te disse” reage mal e começam os dois a discutir. O teu parceiro(a) -1 e tu -1.

Cenário 3: o teu parceiro(a) já se sente mal por algo não ter corrido como queria e tu dizes-lhe “Não te preocupes agora com isso, vamos ver o que correu mal e vamos arranjar uma solução juntos para que a próxima corra melhor. O teu parceiro(a) +1 e tu +1.

É fácil perceber que o único que traz uma situação de Win-win é o 3.º cenário.

→ Tudo o que leste é com base em pesquisa e por experiência numa relação que mantenho há 13 anos (tenho 28 anos, por isso considero ser uma relação longa para a minha idade). Os pontos falados é suposto fazer-vos pensar o que poderia ou não ser aplicado para vocês, não deverá ser visto como uma checklist porque, cada relação tem as suas peculiaridades.

→ Apesar de falar destas 6 dicas, não quer dizer que a minha relação seja perfeita, porque nenhuma o é. Considero no entanto que, como ambos reconhecemos isto, aceitamos que temos que trabalhar nela para que tanto em conjunto como em indivíduos posamos crescer.

→ É-me muito difícil escolher a dica mais importante, porque depende muito do estado da relação atual. O ponto mais crítico pode depender daquilo que tu e o teu parceiro(a) expectavam da relação e pode também mudar temporalmente.

→ É importante ainda, perceber a diferença entre apaixonarem-se e manterem-se apaixonados. Estas   requerem um nível de trabalho e dedicação diferentes. Uma relação não é um bem adquirido, como em qualquer negócio se não nutrirmos as relações amorosas com os nossos clientes, por muito bom que o produto seja corremos o risco de perder o cliente se não nos dedicarmos à parte do serviço ao cliente.

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