Alimentação,  Geral - Estilo de Vida,  Performance

Mito 1: Alimentação saudável é muito cara

Nos próximos posts vou desmistificar algumas ideias que muitos de nós tínhamos ou ainda temos na área da saúde. O primeiro Mito é na área do Alimento e a perceção de muitos que é caro ter uma alimentação saudável.   

Imagina um carro a gasóleo, este não funciona se lhe puseres gasolina certo? Nós somos semelhantes e, vamos mais cedo ou mais tarde começar a sentir repercussões se não nos alimentarmos da melhor forma. No entanto, nós temos uma máquina extremamente resistente que é o nosso corpo, o que nos faz conseguir suportar a “gasolina” várias vezes até começarmos a dar sinais óbvios que algo está mal.

Meia verdade, meio mito

Para te alimentares de forma saudável não precisas de ser muito rico, mas segundo este estudo precisas de ser 1,3 € por dia mais rico. Ou melhor dizendo, precisas de investir 1,3 € ($1.5) por dia na tua saúde.

Esta meta análise reuniu e analisou a informação de vários outros estudos onde foram comparados o custo de comer mais frutas, vegetais e peixe, comparativamente a comer mais carne, cereais refinados e alimentos processados. As conclusões foram que em média precisarias mais de 1.3€ quando fazes as trocas por algo mais saudável, sendo a principal diferença quando trocas de carne para peixe. é no entanto, importante referir que isto vai depender muito do país em que se está, países com mais acesso a mar e rio o peixe vai ser mais barato do que num país em que seja necessário exportar (mais barato e mais fresco).

Outro ponto importante referir é a noção do que é uma “alimentação saudável” e, com o que se compara e quais as trocas feitas para se aproximar desta. O estudo foi feito, a comparar os dois extremos. Foram comparados trocas de comidas altamente processadas por frutas, legumes e peixe. Existem pequenas substituições que podem ser feitas que não acrescentam muito custo, vejam o exemplo que dei neste post relativamente a substituições para diminuírem a quantidade de açúcar consumido.

Se compararmos uma refeição no McDonald’s com uma refeição num restaurante mais saudável pode ser mais caro realmente, mas por pouco mais dinheiro consegue-se arranjar alimentos muito mais ricos nutricionalmente.

Consequências de não ter uma alimentação saudável

Alimentação e doenças crónicas

As doenças crónicas são responsáveis por 80% da mortalidade nos países europeus, sendo as afeções do aparelho circulatório as principais causas de mortalidade. A incidência e prevalência destas doenças é condicionada por fatores de risco individuais e sociais, dos quais se destacam: Excesso de peso; > Hábitos alimentares inadequados; Sedentarismo; Tabagismo; Alcoolismo. De acordo com o Global Burden of Disease, em 2016, em Portugal, cerca de 41% do total de anos de vida saudável perdidos por morte prematura poderia ter sido evitado se fossem eliminados os principais fatores de risco modificáveis. Retrato da Saúde 2018

Cerca de 14 % das mortes em Portugal estiveram associadas a riscos alimentares, incluindo baixa ingestão de fruta e legumes e elevado consumo de açúcar e sal. Retrato de Saúde 2019

Isto são apenas as mortes, no relatório não diferenciava o número de anos saudáveis perdidos devido a hábitos alimentos. Com a evolução da medicina e o acesso mais alargado a medicamentos que tratam os sintomas das principais doenças crónicas, o número de mortes diminuiu mas não aproveitamos este aumento com a melhor saúde.

Riscos associados ao maior número de mortes em todo o mundo para ambos os sexos em conjunto, todas as idades, em 2019:

1) Hipertensão arterial sistólica (10,8 milhões de mortes)

2) Tabagismo (8,71 milhões de mortes)

3) Riscos dietéticos (por exemplo, baixo teor de frutas, alto teor de sal) (7,94 milhões de mortes)

4) Poluição do ar (6,67 milhões de mortes)

5) Glicose plasmática de jejum elevada (6,5 milhões de mortes)

6) Alto índice de massa corporal (5,02 milhões de mortes)

7) Colesterol LDL elevado (4,40 milhões de mortes)

Por Lancet,2020

Segundo este estudo quase 8 milhões de mortes estão associadas diretamente a riscos dietéticos, e mais 26,12 milhões que estão indiretamente ligados com a alimentação (hipertensão, glicose plasmática, IMC e colesterol LDL). No total 34 milhões de pessoas morrem por ano em todo o mundo devido à influência direta ou indireta de hábitos alimentares.

Doenças crónicas e anos de vida saudáveis

Comparing the best lifestyle score with the worst lifestyle score was associated with 9.9 additional years without chronic diseases in men and 9.4 additional years in women

Este estudo de 2020 da JAMA Internal Medicine, analisou 4 fatores de risco, 1. IMC >25; 2. Fumar; 3. Inatividade/ sedentarismo; 4. Consumo de álcool e a associação em anos de vida saudáveis perdidas. O estudo concluiu que pessoas com os 4 fatores de risco comparando com pessoas com o nenhum destes riscos viveria em média mais 10 anos de vida saudáveis (sem nenhuma doença crónica). A ausência de doenças crónicas leva diretamente a custos acrescidos em medicamentos e despesas médicas.

Para teres uma alimentação saudável NÃO precisas de ser muito rico, segundo o estudo a curto prazo precisas de ser 1,3 € por dia mais rico. Mas, a curto prazo o ganho em aumento de anos de vida saudáveis devido à ausência de  doenças crónicas. Isto, consequentemente vai fazer com que tenhamos mais energia para estar com aqueles que gostamos, façamos aquilo que queremos e sejamos mais produtivos no nosso trabalho. Agora a questão é, quanto é que podes investir hoje na tua saúde e na tua felicidade?

MITO: É necessário gastar muito dinheiro para se ter uma alimentação saudável

VERDADE: É necessário investir algum dinheiro na saúde para se ter uma alimentação saudável

O canto do Coaching

Pensa na última compra não necessária que fizeste (excluiu pagamentos de telemóvel, luz, gás, gasolina, etc.).

Agora pensa em quanto gastaste e o que esse investimento te poderia ter feito se o tivesses feito na tua saúde.

Por último imagina que tens mais 10 anos, o que acreditas que te vai fazer mais feliz, a compra do bem material ou o investimento na tua saúde?

Dicas para poupar em alimentos saudáveis

  1. Comer frutas e legumes locais e da época (são mais baratos e mais saborosos); Podem consultar aqui ou aqui quais são para cada mês
  2. Aproveita os descontos sem exagerar no comprar tudo o que está em desconto;
  3. Planeia as refeições ao domingo para poderes comprar em quantidades maiores;
  4. Define um dia por semana para veres os alimentos que se aproximam da data de validade e, as frutas e legumes que precisam de ser usados primeiro e inventa uma receita com eles (é uma forma de diminuir desperdício e de usares a tua criatividade).
  5. Escolhe alimentos básicos (frutas e legumes em vez de comprar sumos, sopas ou caldo de legumes já feitos);
  6. Quando vês receitas com ingredientes mais estranhos, não tenhas receio de testar substituições ou de perguntar ao autor por possíveis alterações a esses ingredientes.
  7. Não precisas de consumir superfoods para ser saudável. Usa a fruta e legumes como superfoods.

As pessoas com menos instrução ou rendimentos tendem a estar mais expostas a fatores de risco comportamentais, mas é só no que diz respeito à obesidade que as disparidades são efetivamente impressionantes em Portugal. Em 2017, quase um quinto (18 %) das pessoas sem o nível de ensino secundário eram obesas, em comparação com apenas 9 % no grupo das pessoas com habilitações mais elevadas. Retrato de Saúde 2019

Será ser a falta de rendimentos que causa a obesidade ou a falta de informação clara disponíveis em meios sociais como televisão, jornais e mesmo nas escolas?

Sejam curiosos sobre o que vos faz bem e o que vos faz mal. Reflitam sobre como determinados alimentos vos fazem sentir e vão começar a mudar a perspetivava de ver a alimentação saudável não como gastar dinheiro mas como investir na vossa saúde.

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