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SuperUS #26 4 razões para o perfeccionismo não ser assim tão mau

Porque esperamos ser perfeitos até fazer algo? Exigimos a nós mesmos algo inalcancável, mas aceitamos a imperfeição nos outros. Porque procuramos perfeição se ouvimos tantas vezes que não existe? A necessidade de perfeccionismo é algo que antes se usava como “O meu único defeito é ser perfecionista” porque era algo que parecia mau, mas podia ser bom. Mas será que ser perfecionista é bom ou mau?

Será que andamos a correr atrás de um unicórnio ou será que estamos apenas a fugir da falha, de constrangimentos e de sermos julgados?

Existem várias razões que nos levam a procurar a perfeição naquilo que fazemos. Hoje vou explorar algumas delas, quais são, a minha experiência com cada uma delas e o que fiz e continuo a fazer para evitar ir por esse caminho.

1. Perfeccionismo e o medo da falha

Ter medo de falhar é normal. Não deveria ser, mas é. Ouviste em criança ou agora em adulto algumas destas frases?

  • Ele/a é tão inteligente. → como se fosse algo que se é ou não, algo que ou se nasce ou não se nasce com isso.
  • Não podes reprovar neste exame/disciplina. → como se a única coisa que fosse importante fosse o objetivo final
  • É muito difícil, nem vale a pena o esforço → como se o difícil fosse igual ao impossível. E como se o caminho até a falha ou o sucesso não fosse também ele igualmente ou ainda mais importante do que o destino.

Tantas outras perguntas ou comentários que nos fazem ver a falha como algo negativo e devemos evitar e fugir.

O facto de querermos atingir uma perfeição que é impossível, pode ser a nossa mente inconscientemente a tentar defender-nos de sentimentos que associamos à falha.

No post Medo da Mudança, falo um pouco sobre o medo de falhar.

A minha experiência

Em 2020 quando começava a construir o blog SuperUs queria pôr online e colocar nas redes sociais apenas quando o design do blog estivesse perfeito, depois decidi querer que tivesse no mínimo 3 publicações, depois queria que já tivesse pronta a newsletter e que também esta fosse perfeita. Estava constantemente a arranjar mais coisas para adiar o lançamento do blog em busca de estar perfeito, porque na verdade tinha medo de falhar.

O que fiz

Mudei a mentalidade e comecei a construir resiliência

Comecei a listar os meus sucessos e aprendizagens, e não as minhas falhas. Quando eu digo listar, não é pensar em, é escrever, seja em papel, seja no computador.

Agora se subscreveres ao site SuperUS podes ter acesso ao template do Notion que uso diariamente para fazer este passo. Podes ainda usar a versão pdf, que também está disponível de forma gratuita. Podes ainda ler no post O meu Diário da manhã e da noite onde falo um pouco sobre as minhas rotinas.

Quando me apercebo que estou perante momentos em que estou procrastinar algo porque tenho medo de falhar, reflito racionalmente sobre o porquê e tento ver-me como uma criança ou como um amigo. Somos sempre mais compreensivos com amigos do que com nós mesmos.

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2. Perfeccionismo e as expectativas dos outros

Já te aconteceu quereres provar o que vales através de determinadas coisas que alcançaste, mesmo que essas coisas não sejam unicamente dependentes de ti e do teu trabalho? Alguma vez ouviste estes comentários, seja para ti ou para outra pessoa:

  • O que os outros vão achar de ti se fizeres isso?
  • Será que os outros vão achar mal de mim se me virem sem filhos e sem marido/mulher com esta idade?
  • O que é os outros vão pensar se te virem assim vestido(a) / com esse aspeto?

A minha experiência

Antes de tirar o curso de Health Coach, trabalhei durante 6 anos no setor automóvel. Se gosto de carros? Não. Mas todas as pessoas diziam que o setor automóvel era ótimo para aprender e iria ter um bom salário.

Quando decidi estar na altura de mudar de trabalho, após 4 anos na primeira empresa onde trabalhei pensei em mudar de área, mas julguei ser melhor não arriscar. Na minha visão arrisquei um pouco indo para outra empresa do setor automóvel fora de Portugal.

A minha experiência foi boa, e quando dizia às pessoas que estava na Toyota, e viajava todas as semanas para outros países para visitar fornecedores, que trabalhava com pessoas de todo o mundo, todas as pessoas diziam parecer ser um trabalho espetacular. Eu concordava, que era um trabalho ótimo, para alguém, mas não para mim. Em 2021 decidi que estava a viver a vida “perfeita” de alguém, mas não a minha, que a minha definição de perfeição de trabalho não era aquela e que precisava de mudar.

O que fiz

Comecei a tomar as minhas decisões com a minha definição de sucesso

O resumo deste ponto é: “Pouca gente quer saber que tu fazes, todas as pessoas está demasiada ocupada com os seus problemas. Mesmo as pessoas que querem saber, não são elas que têm que viver a tua vida, és tu, por isso TU tens que definir o que é sucesso para ti e trabalhar para isso.”

3. Perfeccionismo e a comparação com os outros

Crescemos a ouvir comparações como “Não podes tirar pior nota que ele/a.” ou “O teu irmão não era assim”. Alimentámo-nos das redes sociais de fotos com o estereótipo de mulher e homem perfeito e de filtros que nos fazem parecer de porcelana. Criamos toda uma história de vida de uma pessoa com as fotos e vídeos que ele(a) decidiu querer que tu visses, esquecendo que por norma as pessoas não saem por aí a mostrar as vulnerabilidades que têm.

Valorizamos o objetivo cumprido, mas esquecemos do processo para lá chegar. Queremos que, na primeira tentativa que fazemos algo alcançar o mesmo que uma pessoa isso há meses ou anos.

Ele(a) faz aquilo tão bem, tenho que conseguir fazer igual ou melhor. → Não sabes há quanto tempo a pessoa faz aquilo, quantas horas e recursos que ela dedica. O que é ser melhor ou pior que ela? Em que sentido é que queres ser melhor? Qual vai ser o benefício para ti de ser melhor que ele(a)?

A minha experiência

Quando decidi querer lançar o meu primeiro vídeo no YouTube queria que fosse perfeito, porque era o primeiro e queria mostrar às outras pessoas e a mim mesma que conseguia. Após gravar e editar o vídeo, demorei uns dias a lançá-lo porque julguei que não estava como queria. Inicialmente procurara alguns vídeos no YouTube para ter inspiração, acabando por comparar o meu com estes. A questão é que comparava com pessoas que já tinham lançado no mínimo 150 vídeos.

Desde sempre fui introvertida e comparava-me com as pessoas à minha volta e pensava “Quem me dera conseguir falar assim com pessoas desconhecidas”,” Quem me dera conseguir dançar assim em público/ fazer aquilo”,” Aquela pessoa é perfeita, é bonita por fora, simpática e extrovertida”

O que fiz

Aceitei que todos percorremos jornadas diferentes e aprendi a aceitar a minha jornada como minha

Ninguém nasce a saber caminhar, falar ou ler, porque haveria esperar nascer a saber, no meu caso, gravar e editar vídeos para o YouTube? Todos começamos a nossa jornada em sítios diferentes e, mesmo que queiramos atingir o mesmo objetivo, vamos ter percursos distintos porque há demasiados fatores internos e externos a nós que influenciam. Por isso é tão importante aceitarmos a nossa jornada como a nossa e distinguir admirar alguém de julgar-nos quando nos comparamos com alguém.

Comecei a usar as minhas forças em vez de lamentar as minhas fraquezas

Em vez de lamentar as minhas fraquezas, comecei a perceber o que poderia fazer para maximizar as forças e o que poderia fazer para me destacar por causa delas. Por exemplo, no meu caso, como era introvertida, ouvia mais do que falava, e isso ajudou-me a começar a realmente ouvir as pessoas, o que fez com que as percebesse melhor e conseguisse criar uma maior conexão com elas. Tornei a minha introversão em ser boa ouvinte em vez de forçar-me a falar quando não queria.

Podes fazer este teste para ver quais são as tuas maiores forças.

4. Perfeccionismo e a procura para ser melhor

Inicialmente, quando escrevi este post, fi-lo consoante a minha perspetiva, perfeccionismo que paralisa e que leva à frustração. Mas vejamos o conceito:

O perfeccionismo é definido como o estabelecimento de altos padrões de desempenho, que são acompanhados por avaliações muito críticas e por uma busca constante em evitar falhas e erros. Wikipédia

Segundo esta definição o perfeccionismo é definido como estabelecimento de altos padrões de desempenho, o que até aqui é bom, estamos digamos a acreditar no nosso potencial. Depois lemos são acompanhados por avaliações muito críticas. O “muito críticas” aqui é difícil definir se é bom ou mau, porque devemos ser críticos para conseguirmos melhorar, mas tal como tentamos dar criticas construtivas aos outros, devemos fazer o mesmo para nós próprios. E por último, e agora é a parte critica, lemos busca constante em evitar falhas e erros. Como referi no primeiro ponto, uma das causas para perfeccionismo é o medo de falha, a questão é que para melhorarmos vamos precisar de errar e falhar, para poder aprender e evoluir. E este medo para falhar e cometer erros pode e torna-se paralisante muitas das vezes.

Na minha perspetiva, a perfeição e o perfeccionismo deve ser visto como o infinito, nunca vamos lá chegar, mas o número 1 está mais longe do que 1 milhão. Eu vejo a perfeição e o perfeccionismo como o processo para ser melhor e não como objetivo de lá chegar.

O canto do Coaching

E tu? Já alguma vez adiaste dizer ou fazer algo porque julgavas que não estava “perfeito”? Reflete agora um pouco sobre o que pode ter sido a causa por detrás da busca deste perfeccionismo.

Porque queria ser perfeito?

O que é ser perfeito nesta área?

Quem é que eu considero perfeito nesta área?

O que a palavra imperfeito significa para mim nesta área?

Qual a pior coisas que poderia acontecer se eu não fosse perfeito nesta área? Como isso me iria fazer sentir? O que as outras pessoas iam pensar?

Agora que já respondeste a estas perguntas, reflete nas respostas e pensa se fazem sentido e se te servem de alguma forma ou se é hora de mudar.

Acabaste de ler mais uma publicação de SuperUS. Se achaste interessante coloca gosto ou partilha com os teus amigos ou familiares nas tuas redes sociais.

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