Health Coach
Carreira,  Geral - Estilo de Vida,  Podcast

2 Reflexões sobre a tua Carreira

Hoje vou falar de carreira, a segunda área da nossa vida onde investimos mais tempo, cerca de 17% das horas da nossa vida.

Gostar do trabalho que fazemos parece quase uma utopia. Na maioria das vezes a nossa carreira é apenas um meio para atingir um fim, sendo esse fim o dinheiro.

Sendo um dos princípios do meu Programa de Health Coaching a bioindividualidade, não fazia sentido eu dizer que termos uma carreira que gostamos é mais importante do que dinheiro, porque isto vai depender dos objetivos de cada pessoa. Também não vou ser hipócrita e dizer que o dinheiro não importa nada, porque importa ter um teto sobre as nossas cabeças, água quente, etc.

Este estudo, por exemplo concluiu que a partir de um certo threshold de dinheiro para suportar os mínimos de condições, o dinheiro não traz mais satisfação. Por outro lado, Wharton’s Matthew Killingsworth fez um estudo que contrapôs o anterior, dizendo que mais dinheiro pode realmente trazer mais felicidade sem haver um máximo onde o bem-estar estabiliza. Independentemente dos estudos, é importante perceber o que é importante para ti e o que tu valorizas na vida.

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Como saber que definitivamente não estás na carreira certa

No livro Quando (When) de Daniel H. Pink este fala que quando sentires todas ou alguns dos pontos em baixo está na altura de começares a pensar em mudar de carreira.

  1. Não queres estar na empresa no próximo aniversário da mesma.
  2. Quando sentes que o teu trabalho não é desafiante e/ou não te permite ter autonomia para fazeres o que é necessário.
  3. Se consideras que o teu chefe não te permite fazer o teu melhor trabalho.
  4. Se tiveres fora daquilo que é considerado normal para um salto no salário (3 a 5 anos).
  5. Se o teu trabalho diário não se alinha com os teus objetivos a longo prazo.
A minha experiência com carreira

Aos 15/16 anos é-nos pedido que escolhemos entre várias áreas possíveis para entramos no secundário, a nossa primeira grande decisão. No 12.º, vem a 2.º grande decisão. Queremos tirar um curso profissional, faculdade ou entrar já no mercado de trabalho?

Quando entrei para a faculdade, escolhi o curso porque ser engenheira parecia fixe e, porque especificamente Engenharia e Gestão Industrial era um curso com muita saída e tinha parte da gestão, matemática, informática, um pouco de tudo na verdade.

Após o final do curso, vem outra grande decisão, qual o melhor setor, qual a melhor empresa para mim? Mais uma vez escolhi não porque gostava da área específica mas, porque julguei ser o setor onde poderia aprender mais, optei pelo tão conceituado e standardizado ramo automóvel. Se me perguntarem se gosto de carros e se tenho curiosidade em saber como são construídos, responderei um redondo não.

A carreira que defines que queres quando tens 18 anos, quando acabas os estudos, ou em qualquer outra altura da vida, não precisa de ser escrita na pedra. Tu podes e deves dedicar-te àquilo que escolheste mas ter força para definir que pode afinal  não ser a melhor opção para ti e definir um novo caminho.

Mas como decidi após 6 anos no setor automóvel e a trabalhar na área de qualidade e compras que queria algo completamente diferente?

Será problema da empresa?

Os meus primeiros 4 anos de trabalho foram passados na mesma empresa. Principalmente nos últimos 2 anos lá, o meu pensamento era que não gostava que fazia mas que era normal, porque é trabalho, e quem é que gosta de trabalhar? O stress de trabalho foi aumentando e o impacto no sono, relações e na minha saúde física e mental começou a ser afetado.

Comecei a ter sentimentos de que não tinha autonomia para fazer o meu trabalho da melhor forma e que o trabalho era desafiante ao nível de stress mas não a nível intelectual na área que queria. Apercebi-me também que não queria estar na mesma função e na mesma empresa passado um ano. Sentia-me como um robô que acordava, fazia o trabalho e apesar de dar o meu melhor, não conseguia ver nenhuma ligação entre o que fazia diariamente e eu. Fazia as coisas por fazer, sem ter um propósito.

O trabalho deveria ser desafiante e ao mesmo tempo saber que tenho autonomia para ultrapassar estes desafios.

Com o passar do tempo apercebi-me que estes sentimentos não eram pontuais, mas que, pelo contrário iam crescendo.

Será problema meu?

Em 2018 comecei o meu 2.º emprego. Novo país, nova área, nova empresa, … não me podia queixar em relação a não ser desafiante. Tinha um chefe que me desafiava a ser melhor, dando-me autonomia para o fazer mas ao mesmo tempo ajudando quando necessitava. Trabalhava com pessoas que também elas me desafiavam a ser melhores, o salário era bom e ainda tinha oportunidade para viajar por vários países em trabalho. Aparentemente parecia um trabalho ideal.

Contudo passado um ano, e isto intensificou-se na pandemia, continua a ter o mesmo sentimento que não havia ligação o meu trabalho e aquilo que queria construir par ao futuro, os meus objetivos a longo prazo. Apesar de não saber bem ainda quais eram, sabia que eles não estavam no setor automóvel.

Precisava de procurar uma carreira em que conseguisse alinhar os quereres do meu corpo, mente e alma. Vendo esta procura como se tivesses a aprender a caminhar, onde é normal não aprender à primeira. Não ficar presa a crenças e ao “sempre foi assim”. Eu sou a pessoa que mais me conheço, eu mais que ninguém teria que refletir sobre aquilo que eu quero.

Em junho de 2020 comecei a pesar os prós e os contras de sair do trabalho onde estava. Fiz uma tabela com eles, numerei cada um, e fiz uma tabela com vários pontos importantes para mim (dinheiro, trabalho, balanço carreiro/trabalho, etc.), dei um peso a cada um e classifiquei cada um total se deveria despedir-me ou não. A bit too much eu sei. Mas eu desde sempre fui uma pessoa que seguia regras daquilo que acreditava que era suposto e daquilo que julgava que era esperado de mim, então desistir de um emprego com salário fixo por algo que não sabia bem o que era algo que requereria uma longa deliberação e reflexão.

E agora?

A decisão estava tomada. Carta de demissão entregue sem ter nenhum emprego de substituição. Sentimentos de medo, receio de não ser capaz, do que as outras pessoas vão pensar de mim, vão julgar que estou tola, que não sei ser simplesmente grata por ter um emprego, há tanta gente desempregada e eu aqui a lutar por ter um emprego que goste e quem sou eu para merecer isto. Tudo isto inundava a minha cabeça nos primeiros meses.

O que fiz para conscientemente divergir destes sentimentos e começar a pensar naquilo que realmente queria?

Li livros e ouvi podcasts sobre vários temas, fiz este teste de personalidade que me ajudou a ver as minhas maiores forças e com base nisso refleti sobre como posso aplicar no mundo de trabalho e, principalmente refleti sobre aquilo que gostava de fazer daqui por 10 anos, como gostava de trazer valor ao mundo e o que podia fazer para acordar a maioria das vezes entusiasmada com a minha carreira. Fiz isto sem preconceitos, como se tivesse a ajudar um amigo(a).

O começar de uma nova jornada

Eu vi mudanças grandes em mim quando comecei a fazer exercício, alterei a minha alimentação, comecei a meditar, a fazer journaling e, se por um lado as pessoas que já me conheciam há muitos anos viram a minha evolução, as restantes só viam o “resultado”. Eu queria mostrar às pessoas que eu não nascera com nada de especial, tinha simplesmente implementado pequenas ações ao longo do tempo que me fizeram ir melhorando e que elas também podiam fazer o mesmo.

Eu lembro-me na faculdade que gostava de explicar às pessoas, adorava arranjar gráficos e esquemas para simplificar e conseguir tornar fácil algo que poderia ser difícil. A procura por melhorar os processos e pensar “out of the box” para aumentar a qualidade dos produtos ou diminuir o tempo de produção sempre foram a parte dos meus 6 anos de trabalho que mais gostei.

Tendo já definido qual é o meu caminho, pelo menos por agora, parece fácil juntar as peças do puzzle:

  1. Ensinar ⇒ coach;
  2. Transmitir às pessoas que também elas conseguem melhorar em várias áreas da vida melhorando a saúde ⇒ algo relacionado com saúde;
  3. Gostar da parte de melhoria contínua de processos ⇒ aplicar esta melhoria contínua às pessoas.

Resumindo

Não existe, que eu saiba uma maneira certa de veres preto no branco se estás na carreira certa mas, podes começar por avaliar os pontos que referi em cima do livro When que te vão dar uma indicação inicial se não será tempo de mudar.

Precisas de ter uma mente de explorador sobre o que poderás fazer, pensares naquilo que realmente gostas e como podes aplicar isso para melhorar o mundo.

Não penses naquilo que é suposto fazeres e aquilo que julgas que as pessoas esperam de ti. Quem é que dita aquilo que é suposto? Ninguém ou no máximo tu defines aquilo que é suposto tu fazeres. Quem é que para além de ti sabe aquilo que realmente queres, que viveu todas as tuas experiências e sentiu todas as tuas emoções? You guess it: ninguém, só tu sabes aquilo que queres baseado em tudo o que viveste e sentiste.

Claro que podes e deves pesar os prós e contras mas, isto deve ser pesado consoante aquilo importante para ti.

O canto do Coaching

Vê o tempo como dinheiro, em cada dia recebes 24 notas e podes escolher investir essas notas naquilo que quiseres. Cada escolha tem uma consequência, seja positiva ou negativa, previsível ou imprevisível. Nem sempre vais ter a informação toda necessária para tomares todas as tuas decisões. Mas é assim o jogo da vida.

Como investes atualmente o tempo na tua carreira? Aquilo que investes está alinhado com os teus objetivos a longo prazo? Seja objetivo de um cargo específico, mais dinheiro para uma viagem, mais dinheiro para ajudar a tua família, etc.

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